Episódio 1: Lendo Richard Feynman decentemente
Desde 2010 tenho publicado neste blog alguns textos e atividades sobre minhas práticas docentes em Física, realizadas em diferentes escolas públicas e particulares que oferecem Ensino fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior. Decidi neste ano de 2019 mudar um pouco esse formato. Neste momento, tenho interesse em organizar e divulgar nesse espaço virtual o processo de planejamento e avaliação do que, por enquanto, vou chamar “práticas de aprendizado em ciências”.Digo isso dessa maneira pois ainda não fiz uma revisão sistemática sobre esse termo e tenho a intuição de que essa ideia não é nova. A ideia que gostaria de trazer aqui se assemelha a compreensão de aprendizagem proposta pela professor Paloma Chaves no texto “Matética: A Arte de Aprender”. Ao invés de estudar com profundidade novas formas de Ensinar Física eu gostaria de passar a investigar novas formas que os alunos Aprendem Física.
Acredito que o real aprendizado ocorre mesmo é no chão de sala de maneira bastante pontual e em momentos sutis de uma aula. Os segredos para a produção desse aprendizado estão escondidos no processo de reflexão-ação-reflexão do fazer pedagógico. É a famosa práxis docente que geralmente ocorre nas madrugadas dos dedicados professores que desbravam noites a fio corrigindo atividades; refletindo sobre o que deu certo ou deu errado; preparando novas ações tomando como respaldo características comportamentais dos seus alunos; questões surgidas durante uma atividade ou eventos de cunho sócio-emocional que muitas vezes não tinha a menor relação com o conteúdo de sua aula, mas que atingem o aprendizado de maneira indireta.
Meu desejo com as próximas postagens é tornar público o desenvolvimento dessa práxis. Pretendo apresentar aqui, com certa regularidade, o planejamento de oficinas/aulas direcionadas à professores de ciências que tenham interesse em pôr em prática novas metodologias em sala de aula. Quero fazer aquilo que sempre quis e nunca tive tempo, pois estava justamente dando conta de todas essas demandas que envolve dar conta de 30 ou até 50 aulas semanais e a preocupação com o aprendizado de Física de mais de 200 jovens e adolescentes. Para começar bem, eu escolhi um cara que eu já considero meu amigo a tempos, Richard Feynman, não poderia ser outro.
Nesta primeira postagem rumo às Novas Práticas para o Aprendizado de Física, conto-lhes como costumo trabalhar com grandes personalidades da ciência em sala de aula. A metodologia que apresento aqui já utilizo no Ensino Superior a 2 anos e costuma funcionar bem.No Ensino Médio e Fundamental utilizo uma dinâmica um pouco diferente que posso apresentar em outro texto.
Para sintetizar a coisa toda, vou botar aqui embaixo um quadro com o plano de aula e o encaminhamento das atividades, na sequência eu apresento em um podcast todas as orientações para a realização da Leitura Analítica:
Tipo de atividade
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Leitura Analítica e criação de podcast
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Objetivo da oficina/aula
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Evidências para efetividade dos objetivos na avaliação
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Como organizar os estudantes?
| Cada estudante irá escolher uma unidade de leitura "apaixonante" sobre ciências. Pode ser um livro, revista ou artigo de divulgação científica. Não é preciso realizar a leitura analítica de todo material, basta selecionar um capítulo ou sessão da preferência do estudante. Costumo levar os alunos para uma biblioteca e indicar algumas obras. Também conto sobre algum livro que me marcou e explico que a ideia é elevar a reprodução daquela obra em outra mídia ( no caso, podcast). Seria quase como um homenagem ao produtor da obra prima, entendeu? |
Quais os materiais necessários?
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Qual é a duração?
| Eu demorei 4 horas e 36 minutos livres, para a realização de todo processo: leitura, fichamento, gravação e edição). Distribuí horas essas ao longo de 3 dias. Porém, pensando nos alunos do ensino superior eu considero o tempo de 6 a 8 semanas suficiente para a produção. |
Encaminhamentos
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Em sala de aula (presencial)
1) Apresentação da proposta e seleção dos textos;
2) realizar uma análise em grupo do "Podcast Modelo" afim de estabelecer critérios mínimos para Leitura Analítica;
3) Exercício de como realizar a Leitura Analítica com um texto curto;
4) Exercício de Gravação de um texto curto com Smartphone;
5) Orientação sobre a produção do roteiro e edições no Audacity para adição de trilha sonora e tratamento da gravação realizada com Smartphone.
6) indicar alguns tutoriais e soltar os alunos no mundo. (Uma dica muito boa é exigir que os alunos façam algo diferente do que você já fez. A presente descrição pode parecer muito estruturalista e organizada como uma fórmula de bolo, mas na prática, acaba sendo bem mais caótica do que o descrito aqui. Minha escrita é uma fotografia do processo).
7) Compartilhamento das produções
Cada item descrito acima corresponde a um encontro semanal presencial de 90 min. Em um mundo ideal, os alunos escolhem o texto no máximo até a semana 2 e daí em diante já iniciam o processo de leitura e fichamento para que na semana 5 ele receba orientações para o roteiro e edição de som. Como nem tudo são flores no mundo da educação, na semana 5 costumo exigir como obrigatório a entrega do fichamento e acabo organizando em grupo o roteiro neste dia. A semana seguinte reservo para que os alunos adiantem a finalização do podcast. Por fim, na 7 semana ouvimos (trechos dos podcasts em grupos e discutimos.)
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A Leitura de textos como Processo
(roteiro do meu Podcast)
1. Unidade de Leitura:
Part 1 From Far Rockaway to MIT
Cap. 1 - He Fixes Radios by Thinking!
2.Livros de referência:
- Primeira edição em inglês: “"Surely You're Joking, Mr. Feynman!"”
Editora A Bantam Book- 1985
- Primeira Edição em língua portuguesa de 1988 - Editora Gradativa. Este livro está disponível na Biblioteca pública Biblioteca Sérgio Milliet, no centro Cultural Vergueiro. Foi exatamente este o exemplar que li pela primeira vez. Depois de passar o dia todo estudando para uma prova de cálculo, ainda na licenciatura, fui dar uma sapeada na sessão de ciências e dei de cara com essa capa marota. Mesmo depois de um ano estudando Física nunca sequer ouvido falar do nome Richard Feynman. Me chamou atenção por conta da caricatura, tirando a famosa foto de Einstein mostrando a língua nunca tinha visto o retrato de um físico brincalhão, não pensei duas vezes em alugar.
3. Sinopse do episódio
Richard Feynman nasceu em 1918 em Far Rockaway nos arredores de Nova Iorque.
Ele lançou o livro acima no ano em que nasci, em 1985, muito antes de eu ter aprendido a falar.
Na unidade de leitura escolhida o velho Feynman (com 67 anos) conta em 60 parágrafos como o jovem Richard aprendeu a consertar rádios aos 12 anos de idade, com pouquíssimos recursos, bastante criatividade e muita traquinagem científica de primeira qualidade.
A história se passa no período da Grande Depressão em 1930 e tenho várias identificações com relato do autor. Me interessei por Física dentro de uma oficina de eletrônica na periferia da zona leste (arredores de São Miguel Paulista, quase igual a cidade de Nova Iorque kkk). Nesta época, eu também tinha 12 anos de idade, mas longe da genialidade do nosso protagonista eu não tinha a menor ideia do que fazer quando a TV de casa queimou e não tínhamos grana para o concerto. Qual foi a solução dada por meu pai? - Oferecer os serviços caudatários do filho caçula para custear a manutenção - lavar banheiro, tirar pó, varrer, limpar equipamentos, essas coisas. “Quem sabe você não aprende alguma coisa por lá!?” - disse meu sábio pai analfabeto - foi aí que conheci os resistores, capacitores e transformadores. Três anos depois, estava eu no curso técnico e depois na licenciatura em Física. Resumindo: demorei mais de 8 anos para fazer e entender o que Feynman fazia e entendia com 12 aninhos de idade sem nenhum equipamento profissional kkk.
Falando em idade, no ano de 2018 Feynman completaria 100 anos e meu blog sobre experimentos de Física nas escolas completou 10 anos. Percebi que Iniciar o meu primeiro podcast sobre o aprendizado de Física poderia ser uma singela homenagem à este grande professor. E como não poderia deixar de acontecer no FIZencadeando, o presente empreendimento também faz parte de uma atividade que pretendo realizar com os meus alunos. Afinal, este é o ideal deste blog: fazer coisas em sala de aula encadeando leituras sobre a Física de outros loucos por essa ciência maravilhosa.
5. Fichamento da leitura: “Ele conserta rádio com o pensamento!”
Parágrafos
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Minha leitura sobre o que autor quis dizer
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1
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conta sobre como construiu um laboratório de ciências com um caixote aos 12 anos de idade.
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2
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3
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explica como ele mesmo criou até o fusível do sistema e um controle de baterias.
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4
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relata que adorava rádio e dormia com fones escutando até pegar no sono.
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5
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relata como construiu um alarme contra ladrões em seu quarto utilizando motores elétricos..
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6
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explica que seus pais tomaram um susto com o alarme criado.
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7
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explica em detalhes como funcionava sua bobina Ford.
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9
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explica com tentou controlar o fogo.
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10
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detalha mais sobre o incêndio e alerta como era perigoso mexer com tudo aquilo.
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explica como despistou sua mãe para que ela não percebesse o incêndio.
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conta como construiu um amplificador e relata que faria muitas outras coisas se sua mãe não o mandasse ir brincar fora da casa.
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relata que comprava rádios sucata eletrônica em bazares para construir rádios.
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comenta que a sua família ia até seu quarto para ouvir novelas no rádio que ele construiu.
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detalha mais sobre como outras pessoas se organizavam para ouvir no seu rádio, equipamento que nem todos do bairro possuíam.
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explica como tinha muita sucata disponível em casa para suas invenções.
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conta como conseguiu descobrir que seu alto falante poderia ser transformado em um microfone sem nenhuma bateria.
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Comenta que não sabia na época, mas o seu modelo de microfone funcionava semelhante ao primeiro telefone inventado patenteado por Graham Bell.
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relata que colocou a irmã pequena para ouvir o rádio no primeiro andar e subiu para o segundo andar com o primo Francis para fingir ser o narrador do programa.
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22
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relata como tentou enganar a irmão com o microfone.
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23
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explica que cantaram musiquinhas e tudo para convencer, mas não teve tanto sucesso como esperava.
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explica que dia recebeu um telefone.
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comenta que era um rapaz solicitando um conserto de rádio.
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declara que ficou assustado pois nessa época só tinha 12 anos de idade.
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explica que o sujeito solicitou sua presença em um hotel.
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Feynman tenta argumentar dizendo que era apenas uma criança.
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29
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explica que o hotel era da sua tia e que ele levou uma imensa chave de parafusos para a manutenção.
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30
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32
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comenta que a busca de consertos enquanto ela ainda era uma criança se devia ao fato de todos estarem vivenciando os efeitos da Grande Depressão de 1930.
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recebe um convite para um conserto misterioso de um rádio barulhento.
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conversa com o sujeito que tem o rádio quebrado e se diz muito pobre.
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reclama das exigências do “freguês”.
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relata como o sujeito desacredita de suas habilidades com manutenção de rádio por ser apenas uma criança de 12 anos.
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comenta sobre a conversa enfadonha que o sujeito tem com ele até chegar ao local onde está o rádio.
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explica que ao ter contato com o rádio o barulho emitido era realmente ensurdecedor.
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descreve ao foi seu raciocínio para identificar o problema com o barulho emitido pelo rádio.
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40
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o sujeito questiona o que ele estava fazendo apenas pensando e andando de um lado para outro.
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41
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explica para o sujeito que estava pensando e em seguida troca algumas válvulas de lugar. DEssa forma, o rádio volta a funcionar sem nenhum ruído.
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42
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apresenta a declaração que dá nome ao título do capítulo “Ele conserta rádio com o pensamento!” (página 26)
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43
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explica como os aparelhos de rádios da época (1930) eram simples e fáceis de manusear caso tivesse curiosidade e paciência suficiente.
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44
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apresenta a seguinte frase em outro difícil conserto de rádio que estava demorando para concluir:
“Quando começo um quebra-cabeças, não consigo parar. Se a amiga da minha mão dissesse
(página 27)
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45
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comenta que é o impulso dos quebra-cabeças que motiva ele decifrar hieróglifos maias e tentar abrir cofres.
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comenta que tinha decorado diversas adivinhações esdrúxulas só por divertimento.
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relata vários casos de adivinhações que alguém sugeriu mas já era de conhecimento dele por passar horas memorizando essas coisas.
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48
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Comenta diversas pessoas o procuravam propondo novas resoluções de problemas, mas que ele já tinha explorado a maioria deles.
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“a filha tinha apanhado peste bubônica” era resposta de mais um enigma.
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50
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explica seu sistema de dedução para resolução de enigmas.
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comenta sobre o concurso de álgebra realizado no colégio.
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explica como virou líder da equipe do concurso de álgebra e como aprendeu a realizar cálculo de maneira rápida. (aqui eu faço uma crítica sobre a ideia de genialidade ou a suposta aptidão natural das pessoas para a matemática , tomando como base o texto de Jo Boaler )
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53
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comenta sobre como inventava problemas para os seus colegas no liceu.
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explica como realizava deduções matemáticas de trigonometria aos 12 anos e via isso como um passa tempo.
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conta que tinha uma disputa pessoal entre sua forma de explicar o conteúdo matemático e a forma que o livro explicava. “Por vezes, quando não descobria um modo simples de fazer uma coisa, dava voltas ao miolo até conseguir. Outras vezes, a minha maneira era mais inteligente - a demonstração normalmente utilizada nos livros era mais complicada! Assim, umas vezes era eu que os vencia, outras vezes era ao contrário” ( página 29)
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56
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Explica como lidava com a matemática apresentada nos livros e de que maneira inventava novos símbolos para uma compreensão mais criativa.
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Relata que achava os seus próprios símbolos muitos bons. Até o dia em que percebeu que teria que utilizar as formas comuns para explicar aos outro de maneira mais objetiva, caso contrário perderia muito tempo pra explicar o seu jeito.
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60
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Finaliza o texto comentando como também inventou novos símbolos para a programação computacional em linguagem FORTRAN e consertando máquinas de escrever com clips e elásticos. Conclui que a motivação para a realização de todas essas coisas era o processo de descobrir novas maneiras de solucionar problemas e solucionar os quebras-cabeças que iam aparecendo.
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QUESTÕES PARA DISCUSSÃO NO DIA DO COMPARTILHAMENTO DOS PODCASTS CRIADOS
1. Como você organizou o seu roteiro? A leitura analítica ajudou?
2. O que você aprendeu com a leitura? Quais aprendizados o seu ator proporcionou?
3. E aí? Quais foram os resultados da atividade como um todo? (Cite 1.Q bom, 1.Q pena, 1.Q tal)
REFERÊNCIAS
FICHA TÉCNICA DA TRILHA SONORA
Ceasefire vs. Deadly Avenger – Evel Knievel
A música de abertura dos quadros e do programa Hermes e Renato continha sample de “Money Runner” de Quincy Jones e grudava na cabeça em instantes. A música foi (e ainda é) o tema clássico do quinteto.
https://crushemhifi.com.br/os-sons-mais-fuderengos-das-trilhas-de-hermes-e-renato/
abertura
Hermes e Renato
artista: Koji Kondo
álbum: The Legend Of Zelda Ocarina Of Time Original Sound Track
ano 1998
análise textual
1) 32-Hyrule Field Morning Theme - sobre a obra e o contexto
2) 01-Title Theme - Biografia do autor e apresentação do livro
3) 06-Kokiri Forest - Motivação para leitura e fichamento
análise temática
1) 43 - Ocarina 'Song of Time'/10 - Shop
2) 01 Prelude der Zeit/82 - End Credits
3) 05 - House / 20 - Kepora Gebora's Theme
problematização
1) 39 - Zora's Domain
2) Hermes e Renato
ESPAÇO RESERVADO PARA A VOZ DOS ALUNOS
REFERÊNCIAS
Como ler um texto de filosofia
(Como ler filosofia) eBook Kindle
FICHA TÉCNICA DA TRILHA SONORA
Ceasefire vs. Deadly Avenger – Evel Knievel
A música de abertura dos quadros e do programa Hermes e Renato continha sample de “Money Runner” de Quincy Jones e grudava na cabeça em instantes. A música foi (e ainda é) o tema clássico do quinteto.
https://crushemhifi.com.br/os-sons-mais-fuderengos-das-trilhas-de-hermes-e-renato/
abertura
Hermes e Renato
artista: Koji Kondo
álbum: The Legend Of Zelda Ocarina Of Time Original Sound Track
ano 1998
análise textual
1) 32-Hyrule Field Morning Theme - sobre a obra e o contexto
2) 01-Title Theme - Biografia do autor e apresentação do livro
3) 06-Kokiri Forest - Motivação para leitura e fichamento
análise temática
1) 43 - Ocarina 'Song of Time'/10 - Shop
2) 01 Prelude der Zeit/82 - End Credits
3) 05 - House / 20 - Kepora Gebora's Theme
problematização
1) 39 - Zora's Domain
2) Hermes e Renato
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